Por incrível que pareça, Martina sempre gostou da desorganização e portanto: da falta de rotinas. Acordava. Ora cedo, ora tarde. Levantava ou não (dependendo de sua vontade). Se não, ligava a tevê e assistia por vezes desenho, por vezes filmes. Se levantava, preparava panquecas ou rosquinhas - dependendo da temperatura do dia, o que ela acreditava ter tudo a ver com o cardápio diário.
Tinha dias que resolvia ser bailarina, pintora, escritora, professora e jardineira. Nos outros resolvia ser empresária, advogada, e também, ser nada.
Nos dias que ela tinha vontade de viajar, pegava o carro e saía. Pegava avião, navio, camelo (pro deserto) e chegava onde queria.
Sempre fizera tudo conforme sua vontade. E sua vontade era bem danada.
A única coisa que ela mantinha sob rotina, era o Amor por Armando.
Um dia encontraram-a a morta, com um bilhete ao lado:
"Acredito que a vida possa ser rotineira, mas principalmente, que o coração nunca deixa de ser."
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2 comments:
Ah, esqueci de dizer que ela deve ter morrido porque teve VONTADE de se matar. é o instinto humano de desorganização.
pensando bem, não esqueci não: isso fica a critério de quem ler.
mais um texto ótimo :DD
futura escritora aí ó
haha :}
eu gosto desse teu jeito de
escrever, sempre tem um ponto
que a gente se identifica com
o texto ;)
:**
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