Monday, November 19, 2007

Jovens de Elite

"Eu sempre me pergunto: quantas crianças a gente tem que perder pro tráfico, só pra um playboy enrolar um baseado?"

Não sei quantas, mas tenho certeza de que não são poucas. Quem sabe eu nunca veja uma favela de perto e nem sinta a fúria da arma de um assaltante, mas isso é muito superficial perto da quantia de jovens - e colegas - que eu vejo usando drogas. Essas pessoas devem achar muito fácil liberar uma grana pra sentirem por algum tempo aquela sensação de 'nirvana'. Quantas crianças morrem por dia fazendo esse tipo de transição? Eu tô muito mal informada.
"Vocês não tão sabendo da realidade, porque daqui do apartamentinho da zona Sul de vocês não dá pra ver o que tá acontecendo na favela..."

Friday, November 16, 2007

Perto demais.


Inevitávelmente, estava apaixonada. Pela milésima vez na sua vida, novamente, sentia borboletas no estômago e pensava "desta vez vai ser diferente". O problema não eram os homens, era ela mesma. A qualquer movimento errado de seu amor, afastava-se e como se um encanto tivesse sido quebrado, desapaixonava-se. Pela milésima vez na sua vida, novamente, todas as borboletas desapareciam e pensava "Não foi desta vez".Já estava tão acostumada com esse entra-e-sai em sua vida que nem reparou quando ele cometera uma gafe. Um erro na hora de impressioná-la: havia comprado flores. Ela tinha o avisado, dias antes, que era alérgica as tais flores. Mas e agora? As borboletas continuavam ali (e as flores também). Ao invés de arremessá-las violentamente na cara dele - como fizera com os outros -, apenas agradecera e colocara as tulipas em um canto menos visível de seu apartamento.Depois veio o erro na hora de dividir a conta do restaurante caríssimo (mas ela nem se importou - ou não havia notado - porque decidiu pagar a maior parte), o erro na escolha de roupas (sapatos bicolores? S.O.S) e tantos outros momentos atrapalhados/constrangedores que ela vinha passando ao lado dele. Mas Marmalade era só graça. Achava graça em tudo que ele fazia, em tudo que passavam juntos. Das vezes que deitaram no meio da rua deserta à noite para contar as estrelas até as que, numa tentativa desesperada de construir um jantar, enfiaram todos os ingredientes dentro de um liqüidificador e depois o beberam como se fosse um ponche de champignon e almôndegas (há quem goste), Marmalade sentia-se feliz. Como nunca antes. Pela primeira vez em sua vida, estava sendo diferente. Aí se surpreendeu: Remy arrumou suas malas com umas três ou quatro mudas de roupa, spray de cabelo, seus oito pares de sapatos (todos bicolores, S.O.S) e bateu em sua porta em uma manhã gelada de domingo, avisando que agora não precisariam mais se esconder porque Trisha, sua mulher e mãe de seus filhos, havia descoberto a traição. Marmalade fechara os olhos, desejando não ter ouvido aquelas palavras. "Trisha havia descoberto a traição. Não precisariam mais se esconder."Abriu os olhos. Ele continuava parado à porta, esperando (quem sabe) um convite para entrar em sua casa e definitivamente em sua vida. Como as tantas outras vezes, fechou a porta. Fechou a porta para Remy, para as borboletas de seu estômago e para aquela história. Caso encerrado. "Ora essa", pensou com um ar de indignação. De todas as coisas que julgava serem ruins no mundo, a que ela não admitia era o fato de parecer necessária para alguém.



"Ando por aí querendo te encontrar...

em cada esquina, paro, em cada olhar

deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar

que o nosso amor pra sempre viva, minha dádiva..."


Monday, November 12, 2007

You never really know when everything's about to change.

23:3o e eu aqui. Provavelmente um estúpido boêmio (bohemio?) diria "e eu aqui, desfrutando de alguns bons charutos e um pouco de whisky". Que coisa idiota, estou preservando meu fígado e meus pulmões. Pois então, 23:30 e eu aqui E TAMBÉM NO MSN, DESFRUTANDO DE ALGUNS BONS MOMENTOS DE SILÊNCIO E UM POUCO DE ÁGUA, com a sacada de meu quarto resplandecendo uma linda vista noturna são bentense e muito preocupada porque ainda não pensei em nada interessante pra falar.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

(XXX) = minha interrupção de pensamentos.
Vou falar sobre o número 7 em minha vida. Meu nome tem sete letras, eu nasci no dia
05/02 (5+2=7) e minha melhor amiga é aquariana...não, peraí. E minha melhor amiga comemora seus sweet little years no dia 09/02. O quê, se você pensar bem, é uma puta
coincidência: (9-2 = 7).
Fim.
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ps.: hahahaha, como é fácil manipular as coisas para que elas aconteçam à sua maneira.
ps2.: esse texto é, na verdade, uma mensagem subliminar.
a cada 12 palavras sublinhe a décima terceira e depois com todas elas unidas faça uma lista vertical com uma ao lado da outra, leia de baixo para cima começando pela última fileira e ignore os Y's.